Numa passagem por um blog dedicado ao ensino superior encontrei dois comentários que versavam a necessidade de um encurtamento dos planos de estudo na sequência do processo de Bolonha. Alguém dizia (o autor desculpar-me-á por esta grave omissão:) que uma das grandes metas do ensino superior é conduzir os alunos à reflexão, ao desenvolvimento da capacidade crítica que se consubstancia nesta grande aquisição que é o aprender a pensar. Alguém acrescentava, e bem, que o saber não deveria ser negligenciado. Surgem as grandes polémicas quando se trata de seleccionar (e reduzir?) os conteúdos culturais.
Olhando para o nível básico e secundário, a escola cumpre a sua função de inserção dos sujeitos na cultura através da apropriação do saber (quais?). É esta a especialização da escola e da educação. Uma oportunidade para fazer entranhar cultura no indivíduo (com diria o professor Patrício). À escola incumbe a filtragem dos conteúdos culturais tendo em conta as necessidades dos indivíduos que a formam.
Subscrevo inteiramente a ideia defendida pelo meu amigo
Manuel que rejeita o centralismo (constrangedor das iniciativas locais) consubstanciado na homogeneização cultural (que tem dificuldade em lidar e integrar as diferenças).
De miguel sousa a 23 de Junho de 2004 às 02:01
A arte de gerir os conteudos curriculares deve enfatizar o equilibrio dessas duas valências:o desenvolviemnto da capacidade critica e o saber. Contudo ainda não estou completamente convencido que o "ensino" de uma não possa implicar a outra, a esse nível continuo acreditando que o ensino não superior leva alguma vantagem, pois deve (nem sempre é) ser mais sensível à questão.
Para finalizar gostava de vincar a minha posição acerca da necessidade do aluno ser visto, como muito mais do que "um simples aluno" seja qual for o nível de ensino. Continuo a colocar o homem no centro da educação, um homem que é constituido por o aluno, pelo professor e pelo(s) processo(s) cultural(is) que o envolve.
aquele abraço fraterno
De
MJMatos a 22 de Junho de 2004 às 17:42
Tenho estado a ler sem comentar, porque tenho apreciado alguns argumentos por aqui desenvolvidos. Este é bem interessante. Vamos a ver o que dizem os comentadores "residentes".
Comentar post