Sexta-feira, 23 de Abril de 2004
Não queremos o caos (o medo, a cobardia, o silêncio, a mordaça, coniventes sem cadastro...) que a poetisa denuncia no seu poema:
"Este é o tempo
da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.
Sophia de Mello Breyner,
Mar Morto (1962)