Numa passagem por um blog dedicado ao ensino superior encontrei dois comentários que versavam a necessidade de um encurtamento dos planos de estudo na sequência do processo de Bolonha. Alguém dizia (o autor desculpar-me-á por esta grave omissão:) que uma das grandes metas do ensino superior é conduzir os alunos à reflexão, ao desenvolvimento da capacidade crítica que se consubstancia nesta grande aquisição que é o aprender a pensar. Alguém acrescentava, e bem, que o saber não deveria ser negligenciado. Surgem as grandes polémicas quando se trata de seleccionar (e reduzir?) os conteúdos culturais.
Olhando para o nível básico e secundário, a escola cumpre a sua função de inserção dos sujeitos na cultura através da apropriação do saber (quais?). É esta a especialização da escola e da educação. Uma oportunidade para fazer entranhar cultura no indivíduo (com diria o professor Patrício). À escola incumbe a filtragem dos conteúdos culturais tendo em conta as necessidades dos indivíduos que a formam.
Subscrevo inteiramente a ideia defendida pelo meu amigo
Manuel que rejeita o centralismo (constrangedor das iniciativas locais) consubstanciado na homogeneização cultural (que tem dificuldade em lidar e integrar as diferenças).