Segunda-feira, 15 de Março de 2004
Recusando liminarmente os dois modelos curriculares expressos pelas figuras dos dois post anteriores, a proposta é uma escola que se centre na pessoa (embora, na minha modesta perspectiva ainda não se trate de uma escola pluridimensional) e que abrace os seguintes princípios (Leite, 2003):
da autonomia; da participação; da diversidade curricular; da educação (da escola enquanto instituição educadora e não apenas instrutora); da articulação e da funcionalidade do currículo; que reconhece a importância da organização escolar; do não isolacionismo da escola.
Porquê e para quê ressuscitar a escola do passado?

(Adaptado de Carlinda Leite, 2003)
(Adaptado de Carlinda Leite, 2003)
Domingo, 14 de Março de 2004
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Na escola, na comunidade, no país, no mundo!
Sábado, 13 de Março de 2004
De tanto ouvir falar em competências dos alunos ou falta delas, dei por mim a pensar no estratagema que elas encerram.
Enquanto que o ensino continuar a ser considerado uma colecção de competências, os professores verão a sua acção constrangida e limitada à estandardização de processos e produtos de aprendizagem. O ensino envolve muito mais do que isso. O ensino não é um assunto unicamente técnico mas também moral. É a capacidade do professor fazer juízos discricionários que brotam do ambiente em constante mudança na sala de aula, consubstanciados na sua experiência acumulada, da sabedoria, dos conhecimentos especializados em circunstâncias específicas da prática educativa, que define o profissionalismo docente.
Estas abordagens que visam a regulação e controlo das práticas dos professores têm de ser denunciadas. Devem ser entendidas como uma forma de condicionar a prática educativa circunscrevendo-a à reprodução social.
Será que este meu olhar não encontra qualquer eco na escola situada?
Estaremos dispostos a resistir?
Ministro retirou tutela a Mariana Cascais.Aguardamos pela próxima medida sensata: A demissão da Dra. Cascais e do Dr. Morgado.
Aproveite este aparente rasgo de discernimento para acompanhar os seus dois secretários de estado.
Os alunos têm dificuldade em adaptar-se quando chegam ao 3º ciclo porque «passam de 8 ou 9 professores no 2º ciclo para 13 ou 14 no 3º», o que lhes causa uma sobrecarga excessiva.(...) David Justino considera ainda que também o ensino primário tem que ser repensado, uma vez que os anos em que se reprova mais são no 5º, 6º e 10º. Isto significa que «as bases do ensino no 1º ciclo não estão bem definidas», adianta. Assim, «há a necessidade de estabelecer dinâmicas de ensino», para transmitir aos mais novos que é fundamental que saibamos qual a melhor maneira de pensar para nos ajudar a definir os objectivos essenciais das questões, adianta David Justino. Para o ministro, olhar para o ensino hoje, implica ter em conta esta necessidade de saber definir objectivos. O que está a acontecer na educação é que «não há lógica na articulação de conteúdos desde o 1º ao 12º ano», devido ao excesso e confusão de matérias, considera.
(Expresso) Já chega de balelas!
Estamos fartos de medidas avulsas e de ziguezagues inconsequentes!
Tanta demagogia enjoa!
Sexta-feira, 12 de Março de 2004
Há momentos em que sinto dificuldade em esclarecer o que me parece óbvio. Dirão que isso acontece porque me tornei refém dos meus dogmas, que não sou o professor reflexivo que declaro ser, que encaro os problemas embalado por uma suposta arrogância científica, que não possuo instrumentos suficientemente preparados para abordar a complexidade dos fenómenos e extrair deles um entendimento global, etc., etc., etc.
Admito que todas estas premissas concorrem para esta minha incapacidade em lidar com as coisas simples.
Não se trata de procurar desvendar um qualquer enigma. Trata-se de limpar as teias de aranha dos meus canais de comunicação. Quantas vezes vemos nas dúvidas dos outros um álibi que usamos para camuflar as inseguranças no domínio das matérias que, supostamente, teriam de estar apropriadas? Quantas vezes?
Isto a propósito do post do
Manuelque dá conta de uma declaração do Presidente da República onde se apela para a necessidade de olhar para a realidade com outros olhos, porventura mais optimista. Não quero enfatizar a mensagem política que esta afirmação encerra. Vou olhar para esta mensagem e transpô-la para o meu quotidiano.
Quinta-feira, 11 de Março de 2004
Preparo os acessórios que me acompanharão à nova catedral.
Deixo-me alienar pela intensidade do fenómeno, transporto para o festejo uma vontade de admirar as coisas breves ou sublimes.
O resultado final?... É só a cereja em cima do bolo.