Quarta-feira, 16 de Junho de 2004
No post anterior defendia a necessidade de dotar o ensino secundário de uma identidade baseada no princípio da autonomia e responsabilidade.
MJMatos,num comentário curto e pertinente, sugere o esclarecimento da questão: Qual será o objectivo do Secundário sem amarras?
Recorro a
Joaquim Azevedo (citado por
José Matias Alves) que defende, na sua dissertação de doutoramento (1998: 524) o seguinte:
o ensino e a formação de nível secundário poderiam ancorar a sua reestruturação como ensino e formação de massas, não já sob o signo de uma ou outra funcionalidade predominante, mas pelo superior objectivo de formar criadores. Criadores de sentido (...) criadores de cooperação humana, criadores de novas soluções e de novos projectos, empreendedores, criadores de trabalho e criadores na fruição do seu tempo livre.
Obviamente que a prossecução deste objectivo não reclama o abaixamento da fasquia da exigência e qualidade das aprendizagens. Bem pelo contrário, a qualidade é um imperativo ético que não pode ser arredado da escola.
pi+2, se é consensual a tese de que o ensino secundário não deve ser orientado por uma funcionalidade predominante não se entende a indispensabilidade da realização dos exames nacionais para certificar a conclusão deste ciclo de ensino.;)
De pi + 2 a 16 de Junho de 2004 às 16:24
Esta citação de Joaquim Azevedo (JA), autor que leio com frequência, é interessante mas vazia de interesse porque todos, penso, em maior ou menor grau, concordaremos com ela. Nem sequer é original, porque inúmeros autores antes de JA o enfatizaram. Subscrevo inteiramente o comentário anterior.
De Henrique Jorge a 16 de Junho de 2004 às 11:39
E se fossemos mais concretos no que queremos dizer?... quem é que deve avaliar quem e quando?
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