Quinta-feira, 27 de Maio de 2004
Escrevia no post anterior que o próximo ano lectivo já começou. A minha corrida contra o tempo tem dias, talvez meses. Sabemos que as condições facilitadoras para a implementação dos projectos nas escolas avançam vagarosamente. E quanto mais se requerem soluções arrojadas maiores as resistências. Mas, as minhas lamúrias esvaziam-se de sentido quando me confronto com a precariedade do emprego. O sistema educativo é o paradigma do desperdício de recursos humanos. É a lógica de merceeiro que obriga a que os sucessivos governos lusitanos concebam a coisa educativa desprezando a estabilidade dos projectos educativos. Numa escola exclusivamente curricular, a gestão dos créditos horários é perversamente facilitada. Primeiro, entram as horas lectivas até preencherem os horários dos professores mais antigos. Depois, aparece a figura aberrante do horário zero. O resultado é a desvalorização profissional do professor. A intenção é transformar o professor numa espécie marginal e neste caso o zero é expressivo.
Precariedade até quando?
As escolas precisam de mais e melhores professores!