Já referi lá mais para baixo que
o ensino não é um assunto unicamente técnico mas também moral. Remeti para segundo plano, intencionalmente, as competências. Os determinantes do exercício da competência, nomeadamente, os valores, a motivação e a atitude positiva face à profissão são transversais e percorrem todas as áreas de desempenho docente. Supostamente estes determinantes teriam de ser trabalhados em todas as áreas do desempenho organização e gestão do processo de ensino e aprendizagem, intervenção na comunidade escolar, relação com a comunidade, desenvolvimento profissional (autoformação, prospectiva da profissão, sistematização da reflexão, etc.).
Deixemos por instantes os determinantes para olhar o quadro em que se desenvolve a socialização destes professores.
Será que as agruras do contexto onde se desenvolve este processo legitimam a construção de uma falsa profissionalidade? Serão irreparáveis as marcas deixadas pela precariedade do emprego, pelo descrédito da escola e dos seus profissionais, pelos esquemas perversos que juntam orientadores e supervisores fugidios?